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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Juramento Seigan O poder de romper as correntes do carma (TC, edição nº 443, julho de 2005, p. 46).


A felicidade absoluta sustenta-se em dois pilares: a Sólida Filosofia e o Juramento



Dois pilares da felicidade absoluta

Onde são encontrados tais pilares?
Esses pilares existem no Budismo de Nitiren Daishonin. O Buda apresentou às pes­soas a mais profunda das filosofias e, por meio de sua postura, demonstrou o que significa viver baseado no Juramento.
O pilar da Sólida Filosofia
O Budismo Nitiren possui essa Sólida Filosofia porque oferece um caminho seguro e direto para as pessoas comuns atingirem o estado de Buda no momento presente, desconsiderando as circunstâncias em que elas vivem.
O pilar do Juramento
Para o Budismo Nitiren, Juramento é o ponto de partida de todas as mudanças. Fazer um juramento significa mudar a si próprio e assumir a responsabilidade pelo futuro. Em outras palavras, é o poder que permite atingir a iluminação no presente. Em razão desse poder, naturalmente é possível inspirar outras pessoas a seguir a Sólida Filosofia. Esta é a vida de uma pessoa que vive no estado de Buda.

Função maléfica

Alguns podem imaginar que o estado de Buda esteja distante da realidade. Existe uma tendência de pensar no Buda como um ser transcendental, isto é, separado ou diferente dos mortais comuns. Essa concepção, há muito arraigada, faz as pessoas não acreditarem no princípio da iluminação universal. Esse sentimento descrente é a principal função maléfica a ser combatida.
Contra a maré
Na sociedade, essa visão errônea é fartamente ensinada. Por exemplo, muitos não conseguem imaginar uma realidade diferente da atual, o que gera um sentimento de impotência. Só de imaginar que é preciso remar contra a maré, a energia se esgota. Então, as circunstâncias são aceitas da forma como se apresentam.
“Tranquilo desespero”
Ao depositar esperança, fé e força em algo externo, a pessoa vive à espera de que as circunstâncias mudem sozinhas. Se isso não ocorrer, a responsabilidade não é dessa pessoa. De forma cômoda, o pensamento dela é o de ter a quem ou a que culpar. Alegremente, ela vive com a “consciência limpa”, levando tudo num “tranquilo desespero”. Afinal, nada vai mudar, pois a infelicidade criou raízes. Entretanto, surge a falsa afirmação: “Estou bem comigo mesmo”.
Calúnia contra a Lei
A pessoa que vive baseada na ilusão citada anteriormente aumenta o caos que impera na sociedade. Viver assim é viver fora do ritmo fundamental do Universo, ou seja, é a própria “Calúnia contra a Lei”.
Por que calúnia?
Porque impossibilitado de atingir a iluminação, o indivíduo vai tentar impedir os outros de alcançarem essa condição. Isso é o oposto da Sólida Filosofia.
“‘Calúnia contra a Lei’ significa difamar o ensino correto, e deriva da incredulidade ou da dúvida nesse ensino. ‘Ensino correto’ refere-se ao Sutra de Lótus, que expõe a iluminação de todas as pessoas. (...) É também difícil para as pessoas acreditarem em seu potencial para atingir o estado de Buda, em função da própria experiência de vida. Quando uma pessoa se encontra numa situação crítica, não consegue imaginar que alguém com um sofrimento semelhante ao seu possa chegar a ser Buda. Contudo, quando as coisas estão tranquilas, ela tende a pensar que não há necessidade de buscar a iluminação ou atingir o estado de Buda, pois está feliz. Portanto, é raro uma pessoa abraçar a fé no ensino correto. Consequentemente, pelo fato de a ideia da iluminação universal ser tão difícil de acreditar, muitos se inclinam a religiões autoritárias, que promovem a ideia de um deus ou de um buda transcendental, ou impõem a instituição sacerdotal como intermediação imprescindível entre as pessoas e os seres supremos. Quando um praticante do Sutra de Lótus — disposto a se empenhar para que todos possam atingir a iluminação — aparece numa sociedade onde predominam essas ideias religiosas, muitas pessoas que são apegadas às suas crenças reagem com hostilidade, e passam a perseguir quem realmente pratica o ensino correto” (TC, edição nº 443, julho de 2005, p. 46).
Daisaku Ikeda

Por que o juramento é importante?

Porque evita a “calúnia contra a Lei”. Aceitar o Gohonzon, por si só, não garante que a iluminação será atingida. Mesmo com a prática, se não houver o comprometimento com a mudança, de nada vai adiantar. Agindo assim, a pessoa viverá novamente num “tranquilo desespero”.
Juramento não é promessa
Promessa é condicional. Só é paga depois de recebido o benefício. Juramento é diferente: a pessoa se compromete a fazer algo e cumpre, independentemente do que aconteça.
Juramento e fé
O poder da fé é pré-requisito para cumprir o Juramento. Essa fé é fidelizar, harmonizar e comportar-se de acordo com a Lei.
Fé não é crença
Crença é “acreditar no escuro”, sem ter certeza e, simplesmente, esperar por mudanças. Uma oração com fé é alegria, revitaliza e tem resposta rápida. Uma oração baseada na “crença” é “uma austeridade angustiante e sem fim”, difícil e desanimadora. A crença não tem resposta, pois ela deixa de ser uma oração em seu verdadeiro significado.
Só o Juramento basta?
Não. Transformar a si próprio é mudar o estado básico de vida para o estado de Buda. Por isso, é necessária uma filosofia compatível com o estado de Buda. Em outras palavras, o Juramento tem de ser o mesmo Grande Juramento do Buda.
Qual é o Grande Juramento do Buda?
É dedicar a vida ao Kossen-rufu. Inclui a felicidade do indivíduo e a das demais pessoas, a começar pela que está diante de si. Ao pôr o Grande Juramento em prática, surge o respeito e a confiança nos outros, sem nunca desistir deles nem de si próprio.
A fé na Lei Mística
Ter fé no Budismo Nitiren é ter fé na Lei Mística e no potencial das pessoas. Conforme descrito nos sutras, a sabedoria do Buda é insondável e nasce do solo do Grande Juramento. Essa sabedoria só é manifestada pelas pessoas comuns por meio da fé na Lei Mística.
Nitiren Daishonin escreveu:
“Jamais pense que os oitenta mil ensinos sagrados aos quais o Buda Sakyamuni dedicou toda a vida e que os budas e bodhisattvas das dez direções e das três existências se encontram separados do senhor. A prática dos ensinos budistas não o livrará do sofrimento do nascimento e da morte se não compreender a verdadeira natureza de sua vida. Se buscar a iluminação fora de si, então, mesmo que realize dez mil práticas e dez mil boas ações, tudo será em vão. É o mesmo caso de um homem pobre que passa dia e noite contando a riqueza do vizinho e que não consegue obter sequer um tostão para ele próprio”.
(END, v. 1, p. 2)

O juramento seigan

Um Mestre do Kossen-rufu é a pessoa que baseia a vida nesse Grande Juramento. O presidente Ikeda é o Mestre que demonstra por meio das ações a nobre forma de viver a seus discípulos. Assumir a decisão do Mestre como causa dos próprios esforços é o Juramento Seigan, que rompe com as correntes do carma. O Juramento Seigan é capaz de fazer a vida se abrir para a Lei Mística.
A oração da unicidade
A oração baseada na unicidade de mestre e discípulo é a oração que transforma. Mesmo sem entender, à medida que se vive nessa sintonia, o Juramento se torna um desejo. Quando isso acontece, a pessoa passa a desejar o Kossen-rufu como um objetivo de vida e, assim, assume naturalmente um modo de vida iluminado.
As correntes do carma
Uma pessoa presa às correntes do carma vive focada unicamente nos efeitos do presente, originados nas causas do passado. Ela nunca se desenvolve, porque a vida segue um ciclo interminável. Romper tais correntes com o Juramento Seigan significa ter em mente que todo instante da vida é uma causa para o futuro.
Confirmando
Juramento Seigan é a firme determinação de fazer que todo instante seja uma causa para o dia de amanhã.
Para uma oração correta
“Para acender uma fogueira, são necessárias três coisas: um bom pedaço de aço, uma boa pederneira e um bom material inflamável. O mesmo vale para a oração. Três coisas são requeridas — um bom mestre, um bom praticante e uma boa doutrina — para que as orações sejam eficazes e os desastres banidos do país” (END, v. 6, p. 219).
Nitiren Daishonin

Concluindo



O presidente Ikeda orientou: “Independentemente do que tenha ocorrido no passado ou o que esteja ocorrendo agora, nós podemos fazer uma nova causa no presente — uma verdadeira causa embasada na Lei Mística, que é a causa mais forte de todas — e redirecionar o curso atual da vida. Nossa fé nos dá o poder de continuar a avançar vitoriosamente por um futuro radiante”.

A essência da fé está em não retroceder

Trecho de discurso do presidente da SGI, Daisaku Ikeda
Qual é o requisito indispensável para viver uma existência dedicada a esse Grande Juramento? A resposta a essa questão corresponde à postura ou ao “espírito de não retroceder”. Um juramento somente pode ser assim chamado quando se está disposto a mantê-lo e a cumpri-lo ao longo de toda a vida. Por essa razão, o espírito de não retroceder é fundamental. É o que ensina Nitiren Daishonin no seguinte trecho: “Sharihotsu praticou o caminho de Bodhisattva durante sessenta kalpa; porém, ele desistiu pelo fato de não suportar o desafio de um brâmane, que lhe suplicou para obter um de seus olhos. (...) Independentemente de a pessoa ser tentada pelos bons ou ameaçada pelos maus, se ela abandonar o Sutra de Lótus, conduzirá a si própria ao inferno” (END, v. IV, p. 200–201).
Na fé a postura de não retroceder é essencial. Devemos ter essa atitude em nossos pensamentos, palavras e ações. O espírito do Budismo de Nitiren Daishonin e o coração da Soka Gakkai encontram-se na atitude de continuar a lutar enquanto vivermos. (...)
No caso de Sharihotsu, o brâmane que lhe pediu um dos olhos era, na realidade, um demônio que deliberadamente se aproximou dele para fazê-lo a abandonar a fé. Ele não foi vencido pela conduta repreensível do brâmane, mas pela própria mente ou fraqueza interior. A negatividade ou a escuridão fundamental que tomaram conta do coração de Sharihotsu depois que o brâmane pisoteou seu olho foi alimentada por este pensamento: “É tão difícil salvar essas pessoas... Não há como guiá-las à iluminação”. Então, ele abandonou o caminho de bodhisattva do Mahayana e retrocedeu a uma prática do ensino Hinayana focada unicamente na salvação pessoal.
Nós, da Soka Gakkai, passamos constantemente por provas espirituais mais difíceis e até mais árduas que estas, cada vez que conduzimos atividades de propagação nesta era impura e maléfica. A essência da prática nobre e sublime realizada pelo bodhisattva está no empenho contínuo pelo bem dos demais. (...)
Nós, da SGI, oramos sinceramente ao Gohonzon, aconteça o que acontecer, “com atitude gentil e tolerante” (LS, p. 166). Recitamos Daimoku com toda a seriedade e com o seguinte pensamento: “Esta pessoa também possui a natureza de Buda. Enviarei Daimoku a esse reservatório puro do estado de Buda que tem em sua vida”. Dessa forma, continuamos a dialogar corajosamente, dispostos a atuar pela felicidade dessa pessoa. Em razão desse sentimento, podemos expandir nosso estado de vida.
Em última análise, o que Sharihotsu não tinha quando abandonou a fé era o espírito do Sutra de Lótus. Se ele acreditasse firmemente que todas as pessoas possuíam o estado de Buda, teria se mantido imperturbável ante os insultos do brâmane. Sharihotsu deveria ter agido como indomável defensor do espírito humano, ao passo que o brâmane deveria ter-se lastimado por sua falta de fé na bondade do ser humano. Contudo, no momento crucial, Sharihotsu não conseguiu acreditar no princípio da Iluminação Universal que existe para libertar todas as pessoas de sua escuridão ou ilusão fundamental. Nisso se encontrava a raiz do problema. (...) O autêntico Budismo de Sakyamuni e o Budismo de Nitiren Daishonin baseiam-se no princípio da Iluminação Universal apresentando pelo Sutra de Lótus, segundo o qual todas as pessoas podem manifestar o estado de Buda. No extremo oposto dessa verdade se encontra a escuridão fundamental, um estado de vida desolado e obscuro, que nos impede de reconhecer que todas as pessoas possuem igualmente o estado nobre e supremo de Buda. 
Opor-se ao Sutra de Lótus conduz, em última análise, ao inferno de incessante sofrimento, um abismo de total escuridão. Por isso, Nitiren Daishonin diz: “Se ela abandonar o Sutra de Lótus, conduzirá a si própria ao inferno” (END, v. 4, p. 201).
O Sutra de Lótus é um ensino que reconhece a dignidade da vida de todas as pessoas e que nos possibilita manifestar nossa própria iluminação interior. É também um ensino que permite a criação de valor. Quando se propaga o Sutra de Lótus, surgem, sem falta, influências negativas ou “maus amigos”, que detêm seu avanço e fazem que os praticantes decaiam em seu estado de vida. As influências negativas tentam nos arrastar para a escuridão fundamental e a negatividade, e nos coloca sob a influência das forças opressoras. Não devemos nos deixar influenciar por essas funções. Portanto, é imperativo combatermos o mal das calúnias ou atos contra a Lei dos inimigos do verdadeiro ensino. O espírito de luta nada mais é que o espírito de não retroceder. Se não lutarmos energicamente, não poderemos resistir ao campo magnético das influências negativas. Lembrem-se de que nesse ponto se encontra o princípio vital para a vitória na vida.

Os Encantos da Filosofia Budista - Para iniciantes



Cumprindo o Juramento Seigan de propagar o “Ensino Correto”

O que é o “Ensino Correto”?
É o ensino fundamentado no princípio da “Iluminação Universal”. Esse princípio revela a igualdade de todos os seres ao afirmar que todos possuem o estado de Buda e podem atingi-lo da forma como são no momento presente.

Não confunda“Ensino Correto” não é um conceito fundamentalista. É uma classificação referente ao sutra que expõe a verdade de que todas as pessoas são Budas.
E os outros sutras?
Os sutras provisórios pregam a desigualdade ao assegurar que somente alguns podem atingir o estado de Buda. Se a pessoa não estiver dentro desses critérios, eles não produzirão resultados. Por isso, são parciais.


Últimos Dias da Lei
Sakyamuni sabia que na época atual esses sutras perderiam a eficácia. Essa época é chamada Últimos Dias da Lei.
O Sutra de Lótus
O Sutra de Lótus não prega a igualdade como se fosse algum tipo de slogan; ele ensina um caminho para a felicidade de si próprio e dos outros, com base na lei da vida e no nível mais fundamental da maneira como vivemos. Portanto, ele é classificado como o “Ensino Correto”. O Buda Sakyamuni revelou o Sutra de Lótus para os Últimos Dias da Lei e confiou a missão de propagá-lo aos Bodhisattvas da Terra.
Como são os Bodhisattvas da Terra?
Os Bodhisattvas da Terra possuem o poder da prática para sustentar com coragem a propagação nos Últimos Dias da Lei. Eles são “firmes em propósito e intento” (o que corresponde ao Juramento Seigan); “têm o poder da perseverança” (que se refere à força de vencer as dificuldades) e “são hábeis em perguntas e respostas difíceis” (que corresponde ao poder do Chakubuku e ao poder da palavra e do diálogo) (Cf. LS, cap. 15, p. 216 e 223).
No Gosho está escrito: “Não deve haver discriminação entre aqueles que propagam os cinco caracteres do Myoho-rengue-kyo, sejam eles homens, sejam mulheres. Se não fossem Bodhisattvas da Terra, eles não seriam capazes de recitar o Daimoku. No início, somente Nitiren recitou o Nam-myoho-rengue-kyo, depois, duas, três e cem pessoas o seguiram, recitando e ensinando aos outros. Assim também será a propagação no futuro. Isso não significa ‘emergir da terra’?” (END, v. 5, p. 252)
Nitiren Daishonin
Após compreender a essência do Sutra de Lótus, Nitiren Daishonin revelou a Lei Mística do Nam-myoho-rengue-kyo e estabeleceu a prática que conduz todas as pessoas a um caminho direto para atingir o estado de Buda.
O Buda Original
De um ponto de vista, Nitiren Daishonin é chamado Buda Original, porque revelou a Lei Mística — a origem ou a fonte da iluminação de todos os budas em qualquer época. O termo original vem de origem, ele é o Buda da lei original.
Não saia do caminho reto
“Cair em contradição” significa sair do caminho reto do Budismo. Isto é, trilhar uma estrada sinuosa que conduz à infelicidade. Para que isso não aconteça, a todo momento, a pessoa deve agir de acordo com o princípio da Iluminação Universal.
O princípio fundamental
A Lei considera que todas as pes­soas são Budas. Este é o princípio fundamental do Juramento Seigan. E é a essência dos pensamentos, das palavras e das ações de um Buda. Se alguém substima uma pessoa imaginando que é ela não seja capaz de atingir o estado de Buda, estará subestimando a si próprio. Esse ato contradiz o princípio fundamental do Juramento Seigan. Se a vida diária não estiver baseada nesse Juramento, ela não atingirá o estado de Buda e viverá à mercê de seu carma.
A base da conduta diária
Expressa por meio dos pensamentos, das palavras e das ações, deve ser fundamentada no Juramento Seigan de viver de acordo com o princípio da Iluminação Universal. Em outras palavras, é respeitar a si próprio e a todas as pessoas como Budas. Agindo assim, a pessoa vive cada dia no ritmo da Lei Mística.
O termo Buda Original
Esse termo não é utilizado para dizer que Nitiren Daishonin seja um ser transcendental, separado dos mortais comuns, ou que ele seja melhor que todos. Se alguém pensar assim, cairá em contradição com o ensino do próprio Nitiren Daishonin, que revela que as pessoas comuns são dotadas com o nobre estado de Buda, tal como são.

Como ser feliz vivendo numa sociedade materialista?

Existe um ditado laosiano que diz: “É fácil conseguir a riqueza material, mas difícil é obter a riqueza espiritual”. Esse provérbio é semelhante aos princípios da prática do Budismo de Nitiren Daishonin, que escreveu: “O tesouro do coração é o mais valioso de todos” (WND, v. 1, p. 851). 
A riqueza material é objeto comum do desejo humano. O dinheiro é uma condição necessária, mas não suficiente para a felicidade. Infelizmente, existem casos em que as pessoas direcionam sua felicidade apenas para a fortuna material, deixando de lado seu fortalecimento espiritual. Sobre isso, o presidente Ikeda ressalta: “Dinheiro e riqueza material são efêmeros quando os ventos instáveis da boa sorte sopram contra nós. Ao contrário, o aprendizado ou as habilidades que adquirimos e que se tornam parte de nosso ser são eternos tesouros” (BS, edição nº 1.585, 1º de janeiro de 2001, p. 4). 
Com a prática do Budismo Nitiren, a pessoa empenha-se tanto para a própria felicidade como para a dos outros, ou seja, realiza o Chakubuku. A filosofia budista capacita-a a acumular um profundo e ilimitado reservatório de tesouro do coração.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Informações úteis ao leitor e explica alguns conceitos do Budismo de Nitiren Daishonin. Além disso, todo mês há uma pergunta diferente com resposta curta e direta a fim de auxiliar nas questões do seu Chakubuku.

Bodhisattvas da Terra: Bodhi significa “sabedoria do Buda”; sattva, “seres sensíveis” e Terra, Nam-myoho-rengue-kyo ou “natureza de Buda”. Os Bodhisattvas da Terra fazem do Nam-myoho-rengue-kyo ou da natureza de Buda a base de suas ações para aliviar o sofrimento das outras pessoas.
A palavra bodhisattva também significa coragem. O bodhisattva da Terra deve possuir coragem para desafiar o mal desde as suas raízes. Sem coragem, ele não vence as forças da maldade que habitam em sua vida e na de outras pessoas.
Buda: O Iluminado ou Desperto. Aquele que percebe a natureza iluminada da vida e conduz outros a atingir essa mesma condição. A natureza de Buda é inerente a todos os seres e é caracterizada pela sabedoria, coragem, benevolência e energia vital.
Chakubuku: É o método de propagação do Budismo Nitiren. Ato de ensinar a filosofia budista para outras pessoas.
Daimoku: Literalmente, significa “título”.
Refere-se à recitação do Nam-myoho-rengue-kyo. A melhor maneira de compreender o Daimoku é realizá-lo corretamente. Qualquer pessoa pode usufruir plena e ilimitadamente da força do Nam-myoho-rengue-kyo. O requisito é fazê-lo conforme ensinado pelo Buda Nitiren Daishonin. O Nam-myoho-rengue-kyo,
inscrito no centro do Gohonzon, dá um exemplo claro do “Daimoku de Juramento” — ou seja, tornar o Nam-myoho-rengue-kyo
o centro da sua vida.
Gohonzon: A palavra Honzon significa “objeto de respeito fundamental” e go, “digno de honra”.
Gohonzon é o objeto de devoção para a observação profunda da mente. Para quem não tem fé, é apenas um papel comum. Mas, para as pessoas que desejam a felicidade das outras pessoas e apaixonadamente promovem o Kossen-rufu, este é o ponto central da vida. Saber o que está escrito nele não é condição essencial para se obter benefícios. O importante é a fé pura e resoluta. Esse tipo de fé faz que os efeitos surjam imediatamente, pois o Gohonzon é o objeto que representa a Lei contida na essência de todas as leis da natureza. Recitar o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon com sinceridade dá acesso livre e rápido à fonte inesgotável de benefícios.
Gongyo: Liturgia do Budismo de Nitiren Daishonin. Prática que se realiza duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. Consiste na leitura de passagens do 2º capítulo (Hoben, “Meios”) e 16º capítulo (Juryo, “Revelação da Vida Eterna do Buda”) do Sutra de Lótus, seguida da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
O Gongyo é a cerimônia diária na qual um praticante budista faz três coisas: lê os trechos essenciais do Sutra de Lótus, reconfirma seus “desejos” por meio das orações silenciosas e prepara o espírito para a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
Kossen-rufu: Literalmente, significa “declarar e propagar amplamente” o Budismo Nitiren. O termo também é traduzido como “paz mundial”. Porém, para que a paz ocorra, é preciso que as pessoas realizem a revolução humana — processo de reforma interior — e cultivem valores como o respeito a todas as formas de vida.
Nam-myoho-rengue-kyo: Nome dado
à Lei do Universo, a essência de
todos os fenômenos. A recitação do
Nam-myoho-rengue-kyo foi estabelecida
pelo Buda Nitiren Daishonin (1222–1282), em 28 de abril de 1253.
Nam ou Namu: Origina-se do sânscrito namas, que significa “devoção”, ou “a perfeita fusão da própria vida com a verdade eterna”. Nitiren Daishonin revelou esse mantra para possibilitar a todas as pessoas viver em harmonia ou sintonia com a lei da vida.
Myoho: Literalmente, significa “Lei Mística”. 
Myo (místico) quer dizer “insondável”
e ho, “lei”. Myoho é a lei que existe no domínio incompreensível da vida. Myo também pode ser interpretado como a verdadeira natureza da vida ou a realidade suprema e ho,
todos os fenômenos.
Rengue: Significa flor de lótus. O lótus floresce e produz as sementes ao mesmo tempo, representando assim a simultaneidade de causa e efeito, que é uma expressão da Lei Mística. De acordo com essa lei, as circunstâncias e a qualidade de vida de uma pessoa são determinadas pelas ações positivas ou negativas a cada momento. Essas ações, feitas por meio de pensamentos, palavras e ações, resultam no carma. Porém, como as profundezas da vida não dependem do carma acumulado como consequência das ações passadas, é possível estabelecer a verdadeira felicidade independentemente do carma. O destino
é criado pelas pessoas, portanto, elas
podem mudá-lo com a recitação do
Nam-myoho-rengue-kyo.
Kyo: Literalmente, significa sutra, a voz ou o ensino de um Buda. Num sentido mais amplo, inclui as atividades de todos os seres vivos e de todos os fenômenos do Universo. O caractere chinês para kyo originalmente referia-se a uma urdidura de tecido, simbolizando a continuidade da vida pelo passado, presente e futuro. Num sentido mais amplo, kyo expressa a concepção de que todas as coisas no Universo são manifestações da Lei Mística.

O que é mais importante: Daimoku de quantidade ou de qualidade?


O presidente Ikeda explica essa questão da seguinte forma: “O valor de uma nota de cem reais é superior ao de uma nota de dez reais. Naturalmente, a maioria das pessoas preferiria ter uma nota de cem reais. Concordam?
Do mesmo modo, na fé, as orações sinceras e fortes são importantes. Praticamos o Budismo com o objetivo de nos tornarmos felizes.
O mais importante é que cada um de nós sinta uma profunda satisfação após ter recitado Daimoku. Não há nenhum preceito que imponha certo número de horas para orar”
(BS, edição nº 1.516, 24 de julho de 1999, p. 3).
Porém, a revolução humana se processa enquanto as pessoas desafiam os próprios limites nas pequenas batalhas do dia a dia.
Se o objetivo é grande, o desafio também deve estar à altura. Se você deseja mudar algo, não pode continuar no mesmo ritmo de sempre. A recitação do Daimoku de qualidade, em quantidade, certamente trará muito mais resultado na vida. A sabedoria do estado de Buda e a coragem se manifestarão sempre que cada um enfrentar alguma dificuldade.

Como nossas orações são respondidas?


É a própria pessoa quem produz a resposta às orações. O presidente Ikeda afirma que as orações são respondidas com fé e esforço. Ninguém mais faz isso por nós. “Se elas serão ou não respondidas depende de nós. [...] Mas não há nenhuma dúvida de que nossa vida começa a mudar de forma favorável a partir do momento em que começamos a orar.”
No entanto, para ser respondida, a oração precisa ser correta. Deve-se orar com a postura e a convicção de que não há oração sem resposta. Esta é a oração exata. Se não produz uma resposta satisfatória, é porque não há oração no sentido correto.
O líder da SGI ressalta: “Devem orar com uma forte e apaixonada determinação de concretizar sua oração. Aquele que pensa: ‘se eu orar, tudo ocorrerá bem’, na verdade, está demonstrando apenas um desejo. Uma fervorosa oração — aquela do fundo do coração e com toda a vida — será infalivelmente comunicada ao Gohonzon”. É dessa forma que se deve orar até que o objetivo seja concretizado.

Para onde especificamente devemos olhar no Gohonzon?

Referente a essa questão, o presidente Ikeda afirma que as pessoas podem olhar para o Nam-myoho-rengue-kyo inscrito no centro, ou para todo o Gohonzon.
Cada um deve olhar para onde achar mais natural. Porém, o Mestre diz que, ainda assim, será mais fácil orar se focalizarmos o centro. “Aprendi com meus veteranos que o caractere myo representa a cabeça do ser humano, e que eu deveria focalizar meu olhar nessa parte enquanto estivesse orando. Uma vez que oramos com forte fé, nossas orações são totalmente transmitidas”, diz o líder.
Certa vez, um membro perguntou ao Mestre se poderia fechar os olhos ao fazer Gongyo e Daimoku. Ele respondeu: “É melhor ficar com os olhos abertos e focalizar o Gohonzon. Em geral, considera-se falta de educação não olhar as pessoas nos olhos ao conversar com elas. Creio que isso também vale quando estamos diante do Gohonzon fazendo nossas orações. É claro que, se vocês fecham os olhos de vez em quando, não há necessidade de se preocupar. Devemos compreender que, quando fechamos os olhos, fica mais difícil fundirmo-nos intensamente com o Gohonzon.
“Obviamente, isso não se aplica às pessoas cegas ou com problemas de visão. Elas precisam simplesmente fazer o Gongyo e o Daimoku diante do Gohonzon em seu coração”, conclui o líder.