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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A essência da fé está em não retroceder

Trecho de discurso do presidente da SGI, Daisaku Ikeda
Qual é o requisito indispensável para viver uma existência dedicada a esse Grande Juramento? A resposta a essa questão corresponde à postura ou ao “espírito de não retroceder”. Um juramento somente pode ser assim chamado quando se está disposto a mantê-lo e a cumpri-lo ao longo de toda a vida. Por essa razão, o espírito de não retroceder é fundamental. É o que ensina Nitiren Daishonin no seguinte trecho: “Sharihotsu praticou o caminho de Bodhisattva durante sessenta kalpa; porém, ele desistiu pelo fato de não suportar o desafio de um brâmane, que lhe suplicou para obter um de seus olhos. (...) Independentemente de a pessoa ser tentada pelos bons ou ameaçada pelos maus, se ela abandonar o Sutra de Lótus, conduzirá a si própria ao inferno” (END, v. IV, p. 200–201).
Na fé a postura de não retroceder é essencial. Devemos ter essa atitude em nossos pensamentos, palavras e ações. O espírito do Budismo de Nitiren Daishonin e o coração da Soka Gakkai encontram-se na atitude de continuar a lutar enquanto vivermos. (...)
No caso de Sharihotsu, o brâmane que lhe pediu um dos olhos era, na realidade, um demônio que deliberadamente se aproximou dele para fazê-lo a abandonar a fé. Ele não foi vencido pela conduta repreensível do brâmane, mas pela própria mente ou fraqueza interior. A negatividade ou a escuridão fundamental que tomaram conta do coração de Sharihotsu depois que o brâmane pisoteou seu olho foi alimentada por este pensamento: “É tão difícil salvar essas pessoas... Não há como guiá-las à iluminação”. Então, ele abandonou o caminho de bodhisattva do Mahayana e retrocedeu a uma prática do ensino Hinayana focada unicamente na salvação pessoal.
Nós, da Soka Gakkai, passamos constantemente por provas espirituais mais difíceis e até mais árduas que estas, cada vez que conduzimos atividades de propagação nesta era impura e maléfica. A essência da prática nobre e sublime realizada pelo bodhisattva está no empenho contínuo pelo bem dos demais. (...)
Nós, da SGI, oramos sinceramente ao Gohonzon, aconteça o que acontecer, “com atitude gentil e tolerante” (LS, p. 166). Recitamos Daimoku com toda a seriedade e com o seguinte pensamento: “Esta pessoa também possui a natureza de Buda. Enviarei Daimoku a esse reservatório puro do estado de Buda que tem em sua vida”. Dessa forma, continuamos a dialogar corajosamente, dispostos a atuar pela felicidade dessa pessoa. Em razão desse sentimento, podemos expandir nosso estado de vida.
Em última análise, o que Sharihotsu não tinha quando abandonou a fé era o espírito do Sutra de Lótus. Se ele acreditasse firmemente que todas as pessoas possuíam o estado de Buda, teria se mantido imperturbável ante os insultos do brâmane. Sharihotsu deveria ter agido como indomável defensor do espírito humano, ao passo que o brâmane deveria ter-se lastimado por sua falta de fé na bondade do ser humano. Contudo, no momento crucial, Sharihotsu não conseguiu acreditar no princípio da Iluminação Universal que existe para libertar todas as pessoas de sua escuridão ou ilusão fundamental. Nisso se encontrava a raiz do problema. (...) O autêntico Budismo de Sakyamuni e o Budismo de Nitiren Daishonin baseiam-se no princípio da Iluminação Universal apresentando pelo Sutra de Lótus, segundo o qual todas as pessoas podem manifestar o estado de Buda. No extremo oposto dessa verdade se encontra a escuridão fundamental, um estado de vida desolado e obscuro, que nos impede de reconhecer que todas as pessoas possuem igualmente o estado nobre e supremo de Buda. 
Opor-se ao Sutra de Lótus conduz, em última análise, ao inferno de incessante sofrimento, um abismo de total escuridão. Por isso, Nitiren Daishonin diz: “Se ela abandonar o Sutra de Lótus, conduzirá a si própria ao inferno” (END, v. 4, p. 201).
O Sutra de Lótus é um ensino que reconhece a dignidade da vida de todas as pessoas e que nos possibilita manifestar nossa própria iluminação interior. É também um ensino que permite a criação de valor. Quando se propaga o Sutra de Lótus, surgem, sem falta, influências negativas ou “maus amigos”, que detêm seu avanço e fazem que os praticantes decaiam em seu estado de vida. As influências negativas tentam nos arrastar para a escuridão fundamental e a negatividade, e nos coloca sob a influência das forças opressoras. Não devemos nos deixar influenciar por essas funções. Portanto, é imperativo combatermos o mal das calúnias ou atos contra a Lei dos inimigos do verdadeiro ensino. O espírito de luta nada mais é que o espírito de não retroceder. Se não lutarmos energicamente, não poderemos resistir ao campo magnético das influências negativas. Lembrem-se de que nesse ponto se encontra o princípio vital para a vitória na vida.

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